Gaivotas desenham o céu.
Ventos deliram folhas.
Homens-relógio redescobrem
o mundo.
Carros buzinam vozes.
Cães farejam a lua.
Ruas ladrilham passos.
Liberdades constroem o rosto.
Muros beliscam ondas.
Letras inventam vidas e
mais vidas.
Entre páginas, quintais de cores
modelam estômagos,
desfazem a ordenha das pedras,
remontam calçadas ao fervor
da noite.
Capítulos espiam.
Imaginações explodem.
Na contracapa, esperança.
E fecha-se a história.
(setembro 2008)
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