sábado, 7 de março de 2015

A indescritível premissa de um livro

Abre-se a história.

Gaivotas desenham o céu.
Ventos deliram folhas.
Homens-relógio redescobrem
o mundo.

Carros buzinam vozes.
Cães farejam a lua.
Ruas ladrilham passos.

Liberdades constroem o rosto.
Muros beliscam ondas.
Letras inventam vidas e
mais vidas.

Entre páginas, quintais de cores
modelam estômagos,
desfazem a ordenha das pedras,
remontam calçadas ao fervor
da noite.

Capítulos espiam.
Imaginações explodem.
Na contracapa, esperança.

E fecha-se a história.
(setembro 2008)

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