sábado, 7 de março de 2015

Versos de ternura num fim de tarde

O dia fecha os olhos.
Conta passantes
requintes de brisa.
Um templo de sol
cada vez mais sol
invade meu tempo
respira de súbito as ruas.
Florescem mãos, estrelas
silêncio sem pressa
fascínio nos lábios.
Roseiras de mundo
decifrando a vida.
Cortinas de lua
dispersando a tarde.
Momento de luz
beija longe a alma
lavra a tua pele.
Um templo de sol
cada vez mais céu
sossega o horizonte,
deixa gotas de noite
espalhadas num perfume
(inquieto, delicado)
que insiste não querer dormir
raio e ternura.
(novembro 2008)

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