sábado, 7 de março de 2015

O céu em pedaços


O vento em desespero me acorda
covarde, na espera triste da lembrança
esquecida num singelo gesto de coisas.
É o manifesto. É a pressa da vida
como um canto feroz em busca
da minha utopia. Eu sou o céu.
Espedaçado pela crueldade bárbara
do destino.
É o detrimento. O amor em lamento
que me faz pequeno. Eu sou o céu.
Sou o destino. Sou o sangue ácido
que corrói o tempo perdido num
pouco de nada.
É o nada. O vazio de tudo petrificado
por minha insana sensação de ser o céu.
O céu em pedaços. Eu sou o céu.
Eu sou o nada.
(abril 2006)

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