sábado, 7 de março de 2015

Revelia poética


A poesia é rica, é forte.
Ela se expõe, se esconde.
Se rompe, se constrói.
Se fecha ao tempo,
se rende ao seu contento.
A poesia é mínima, é máxima.
É lógica, sábia, valente.
Ela se prende ao livre arbítrio.
Tem sua própria vontade.
A poesia ri, ela chora.
Ela implora, se prostra.
A poesia é presente, é ausente.
Guarda lembrança, revela esperança.
Com todos, com tudo e por tudo
se faz poesia.
Mas ela não é completa,
tem lá a sua exceção:
a poesia não faz sexo.
(fevereiro 2006)

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