Faça explodir parágrafos na
fornalha frágil das almas.
Ordenhe o bom uso de
ponto vírgula hífem hímem
rouxinóis devorando o vigor
da alvorada.
Cante as formas verbais segundo
a nossa gravata norma culta.
Empregue o estrondo semântico
das flores.
Argumente o lirismo prático
do tempo.
Respire a letra que precede
o cinzel da linguagem.
E terá às mãos liberdade.
Assim revolto o instinto dos
olhos fúria e verso.
Produto final é a escrita
minha gritada em carne.
Redijo uma encardida poesia
engatilhada no tambor seco
de minha garganta.
(agosto 2009)
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