sábado, 7 de março de 2015

Valsar de pétalas

Campos de sol
nuvens em aconchego.
Um riso bordado feito pétala
risca o vento,
pousa solitário o rosto.
São inquietas mãos devorando
versos e sementes.
São meus jardins que colhem destinos,
tocam suavemente seu aroma:
vago silêncio.
Feito pétala adormecem os olhos
como se cantassem o mundo
e girassois assombram o colorido
branco de um instante
melancólico entre amores,
farto tal sombra de lua.
Feito pétala amanheço teus ombros
restados a mim
da valsa breve contada em lírio,
semblante de encanto,
varrem-se as pétalas recolhidas em si.
Teu outono se aproxima.
Agora serão bordadas
cantigas de estrela.
(março 2010)

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