sábado, 7 de março de 2015

Poema da desilusão

Eu ouço vazios secos explodirem em meu sangue.
O peito se rompe: era ela!
Ao pesar da noite, dois corpos em álcool e êxtase
rasgam-se com os olhos.
Eles suam, ardem, brisam.
Meus ossos tremem.
Dois universos em transe, como por um repente
embrulham seus lábios
e se divertem
e se orgasmam,
trocam sabores íntimos.
Eu não sentia mais a brevidade da música
pulsar em meus ouvidos.
Era um casal liberto,
um casal infinito.
Apenas dois num só brilho.
Minha noite fria se rende e dorme.
Ela era a mulher que eu amava.
Ele não era eu...
(março 2007)

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